30 de jun. de 2010

COMO UMA AÇÃO INTERFERE NEGATIVAMENTE NUMA MARCA

O Marketing Promocional tem o objetivo de, como o próprio nome diz, PROMOVER uma marca ou um produto.

É para isso que as empresas e agências de Marketing Promocional trabalham duro diariamente, faça chuva ou faça sol, criando, planejando e operacionalizando os mais diversos tipos de campanhas.

Sejam eventos de um dia ou algumas horas, até ações de longa duração. Não importa o tempo, o que importa é que o objetivo é um só: VENDER!!! FAZER COM QUE O PRODUTO/ MARCA SEJA PERCEBIDO PELO SEU PÚBLICO E CONSUMIDO POR ELE.

Já falei em publicações anteriores sobre boas campanhas/ ações, mas nunca falei das ruins.
Mas como as falhas têm sido constantes, não posso deixar de falar...

Abaixo dois exemplos de como uma execução mal feita pode acabar com uma ótima idéia.

A mais recente ocorreu ontem (29/06/2010), quando o Jornal Folha de São Paulo publicou erroneamente o anúncio do Hipermercado Extra (patrocinador da Seleção Brasileira de Futebol) dando ADEUS a seleção canarinho da copa das vuvuzelas e jabulanis.
O jornal assumiu o erro, mas e a imagem da marca, como fica?! Nesse caso das duas - Folha e Extra...
Abaixo os dois anúncios, o que foi publicado e o que deveria ter sido.

O que foi publicado

O que deveria ter sido publicado


O outro exemplo é o do chocolate Twix. A agência (me reservo no direito de não divulgar o nome - até porque esse não é o intiuito) subestimou o veículo internet/ rede sociais e se deu mal.

Eles anunciaram, somente nesses canais, uma chuva de chocolate em plena Av. Paulista. Divulgaram hora e local. Falaram para as pessoas levarem seus guarda-chuvas etc, etc, etc...

E na hora "H", a chuva se transformou numa pequena garoa, ou nem isso. No evento tinha muito mais gente do que eles imaginaram.

Resumo: Muita gente e pouco chocolate. As pessoas sairam com uma péssima impressão da marca/ produto, incluisive dizendo que comprariam o chocolate concorrente.

Confiram o vídeo:



Bom, a mensagem é simples: SEM UMA EXECUÇÃO PERFEITA, AS MELHORES IDÉIAS DO MUNDO PODEM SE TRANSFORMAR NOS MAIORES FIASCOS DO MUNDO.

Fábio Côrtes

18 de jun. de 2010

CINEMA MÓVEL


O Cine Tela Brasil é a primeira sala de cinema móvel do Brasil.
Leva cinema DE GRAÇA para a população das periferias de cidade em cidade do nosso país.
Para se ter uma idéia da força dessa iniciativa, a maioria do público que vê o Cine Tela Brasil nunca foi a um cinema.

Tudo começou em 1996, com os cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, que com uma tela montável, um projetor de 16mm e filmes brasileiros organizavam sessões de cinema na periferia de SP.

Um caminho longo foi percorrido, fronteiras foram vencidas, parcerias com SESC e Secretarias Municipais de Cultura e novos Estados brasileiros visitados.

Em 2004, junto com o patrocínio da CCR, controladora da AutoBan e NovaDutra, entre outras concessionárias, chegam também novos incrementos de infraestrutura. Em novembro deste ano estréia a inédita sala de cinema ambulante, com 255 cadeiras, ar condicionado, projetor de 35mm, som surround, ambiente totalmente vedado e protegido da luz e da chuva.

Em 2009, duas salas do Cine Tela Brasil percorreram juntas mais de 80 cidades, atingindo 600 mil espectadores.

Hoje, o cinema muda de cidade toda semana e fica 3 dias em cada cidade, sempre nas periferias, com sessões diárias para adultos e crianças.

No site http://www.cinetelabrasil.com.br/ encontramos os detalhes dessa história maravilhosa, bem como a programação, com datas e horários.

Abaixo um vídeo do Globo Repórter a respeito do Cine Tela Brasil.


Taí uma iniciativa interessantíssima, que leva cultura para a população carente!!

Fábio Côrtes

14 de jun. de 2010

FAZER DIFERENTE

A recuperação da dependência de drogas e álcool é acima de tudo a busca de um novo estilo de vida.

Todo mundo na vida passa por fases. Há situações muito fáceis de mudar. Por exemplo, um novo corte de cabelo, basta procurar um profissional e pronto: novo visual. Agora há coisas na vida que são vistas como impossíveis. Para essas há sempre aquelas respostas:
- "Sou assim e pronto";
- "Estou velho demais para mudar";
- “A vida é minha”.

Sem dúvida, mudança requer: o querer, coragem e disposição. Ninguém muda se não quer.
O querer mudar nunca é o mesmo o tempo todo. Há momentos de desânimo, desesperança, falta de sentido no desejo da mudança. É preciso ter um objetivo muito claro e saber a vantagem que essa mudança trará (elas serão maiores que as perdas?). Sobretudo, é preciso apoio e pessoas que saibam colaborar para o processo de mudança. Tudo isso tem relação com a recuperação.
Qualquer pessoa tem que mudar um comportamento. Por exemplo, alguém com medo de viajar de avião. Devido a esse medo, por muitos anos recusou empregos vantajosos e viagens com amigos para não ter que pegar avião. De repente conheceu alguém, que vivia distante e o namoro só seria possível se pegasse avião freqüentemente. Rapidamente procurou ajuda e superou esse medo.
Portanto, as situações fazem com que a pessoa busque ajuda justamente porque ela quer motivação para viver. Não dá para saber quando e o que vai motivar alguém. É preciso estar atento: a motivação para a mudança está em toda a parte, mas pode aparecer e desaparecer com grande rapidez. Por isso, quando o desejo de abandonar o consumo de drogas aparece, a melhor coisa é procurar ajuda imediatamente para que esse desejo possa ser estimulado cada vez mais.
Ser nós mesmos é tomar decisões, não para agradar os outros que nos observam ou vivem com a gente, mas porque estamos usando conscientemente e com responsabilidade a nossa capacidade de querer viver.
Para poder nos libertar do álcool e drogas sabemos que através do programa sugerido dos 12 passos podemos encontrar esperança em uma vida melhor, mas para que isso aconteça temos que realmente ter coragem e querer mudar. É justamente querer “fazer diferente” do que fazíamos vinte e quatro horas atrás!
A mente preocupada com fatos, acontecimentos e pessoas da ativa é incapaz de perceber a sua verdadeira essência na mudança. Aquele que está agarrado ao egocentrismo está vazio por dentro e cego por fora. Agora aquele que se liberta do egocentrismo descobre que sempre esteve repleto de oportunidades a sua volta, mas nunca soube enxergá-las.
Enquanto a pessoa em recuperação não se livrar de certas atitudes e comportamentos da ativa, certamente o caminho será no mínimo triste e doloroso.
Mesmo em recuperação o adicto insiste em continuar usando o “se” nas suas explicações e desculpas:
- “Se” tivesse conseguido dormir;
- “Se” minha visita tivesse vindo;
- “Se” não fosse ele/ela isso não aconteceria;
- “Se” não fosse por falta de dinheiro eu teria conseguido;
- “Se” pudesse telefonar estaria melhor;
- “Se” não fossem os problemas de saúde;
- “Se” não tivesse demorado;
- “Se” me escutassem mais;
- “Se” eu não estivesse sob tanta pressão;
- “Se” prestassem mais atenção em mim;
- “Se” este mundo não fosse tão nojento;
- “Se” as pessoas me entendessem;
- “Se” ele/ ela tivesse me pedido;
- “Se” ele/ ela tivesse me agradecido...

Seja lá qual for o “se”, fica claro que deixamos que circunstâncias controlem nossas vidas. A doença da adicção não respeita “se” nenhum! Ela não se afasta de nós nem por uma semana, por um dia ou por uma hora, fazendo com que sejamos NÃO ADICTOS e capazes de usar álcool e drogas em alguma ocasião especial ou por qualquer motivo. Nem mesmo somos capazes a uma única comemoração em toda vida, ou mesmo “se” estivermos presos por uma enorme dor. Nem “se” chover canivetes ou “se” estrelas caírem. Na doença da adicção não existem condições, ela não respeita nenhum “se”.
As experiências vividas no passado nos dão sabedoria para viver o hoje, influenciando em nossas decisões naquilo que é bom ou não, pois já conhecemos os caminhos e os resultados. Algumas pessoas deixam que o passado as mantenham presas naquilo que simplesmente já foi. Presas por infelizes “se”, atolam-se na culpa e não conseguem nem olhar o agora.
Cuidado! Em algum lugar escondido num cantinho da nossa massa cinzenta podemos conservar um pequenino “se” que pode estar acompanhado de uma pequenina restrição: “Se” tudo acontecer como eu quero!
Temos que trabalhar nossos defeitos de caráter, nossa maneira de pensar e agir. Não importa como me tratem, não importa o que aconteça, não depende de quaisquer circunstâncias ou condições.
Transferir as nossas responsabilidades e limitações aos outros é impedir e acabar com a recuperação. Devido o adicto não entender bem do seu interior e ter o costume de na ativa não assumir responsabilidades, acaba se comparando aos outros, esquecendo que ninguém é obrigado ou tem o dever de fazer por ele.
Quem se compara com os outros acaba se sentindo uma pessoa superior ou inferior, melhor ou pior. Não encontra o seu verdadeiro valor, não se conhece, não se aceita. Quem se compara acaba se defendendo dizendo: “Faço isso porque estou tentando ajudar”. Força situações e inventa histórias, fazendo com que os outros sejam os responsáveis, NUNCA ELE. Acabam achando até que seu dever é “salvar almas”, quando só podem é salvar a si próprios!
Praticando o programa dos 12 passos quando encontramos uma situação difícil ou sentimos a chegada de um problema, aprendemos a procurar ajuda antes de tomarmos uma decisão. Sendo humildes, honestos e pedindo ajuda, podemos atravessar os momentos mais duros. Eu não posso, nós podemos!!!
Em recuperação aprendemos que não temos todas as respostas ou soluções, mas que podemos aprender a viver sem drogas e termos um novo modo de vida. Podemos nos manter “limpos” e apreciar a vida como ela é.
Quando nos amamos somos capazes de amar verdadeiramente os outros. O amor é o que dá a vontade de crescermos espiritualmente. As pessoas genuinamente amorosas são por definição pessoas que crescem.
Aproveitem o momento! Se não formos bons conosco agora mesmo, certamente não poderemos ter respeito e consideração dos outros.
Fazer diferente a partir de agora significa ter uma vida diferente da que tínhamos. Requer um pouco de prática, mas vale a pena o esforço!
“Se você faz o que sempre fez, conseguirá o que sempre conseguiu”
Portanto, vamos FAZER DIFERENTE!!!
Só por hoje!!!

Por Carlos Alberto Rocha Ferreira - Psicoterapeuta Holístico especializado em dependência química.

9 de jun. de 2010

QUANDO O LUXO VEM SEM ETIQUETA...

Foto: JASON DECROW/AP

Aconteceu faz algum tempo..Mas vale a pena ver de novo... 

Quando o luxo vem sem etiqueta...
O cara desce na estação do metrô de NY vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.

Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.

A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.

Abaixo o vídeo que mostra a ação.



Fábio Côrtes